Emissões de raios X (em azul), combinadas com dados de infravermelho obtidos pelo Telescópio Espacial Spitzer (em tons de ciano, azul-claro, verde-azulado e laranja). — Foto: Spitzer/Chandra/Nasa.
O Telescópio Chandra, da NASA, detectou a emissão de raios X por acaso no ano passado, enquanto observava os restos de uma supernova — a explosão de uma estrela.
Foi a primeira vez que esse tipo de emissão foi registrado em um objeto raro conhecido como transiente rádio de longo período, que emite sinais de rádio em ciclos de dezenas de minutos.
Como a distância exata ainda é incerta, os astrônomos não podem afirmar se o objeto está de fato relacionado à supernova observada. Para se ter uma ideia, um ano-luz equivale a cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.
A fase de maior atividade do objeto — batizado de ASKAP J1835.7−0912 (corrigido para um nome mais comum de transiente rádio) — durou aproximadamente um mês. Fora desse período, não houve emissões significativas de raios X, o que, segundo os cientistas, sugere que podem existir muitos outros objetos semelhantes ainda não detectados.
“Embora nossa descoberta ainda não resolva o mistério do que exatamente são esses objetos — e talvez até o aprofunde —, estudá-los nos aproxima de duas possibilidades”, afirmou Wang. “Ou estamos diante de algo completamente novo, ou estamos observando um tipo já conhecido de objeto que se comporta de uma forma nunca antes registrada.”
Lançado em 1999, o Observatório de Raios X Chandra opera a dezenas de milhares de quilômetros da Terra e é usado para estudar os objetos mais quentes e energéticos do universo.
Astrônomos identificaram um novo e intrigante objeto em nossa galáxia, a Via Láctea.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (28) revela que uma equipe internacional de pesquisadores detectou um corpo celeste incomum — que pode ser uma estrela, um sistema binário ou algo completamente diferente — emitindo raios X simultaneamente a pulsos regulares de ondas de rádio.
O fenômeno mais surpreendente é seu ciclo repetitivo a cada 44 minutos, pelo menos durante suas fases de alta atividade.
Localizado a aproximadamente 15 mil anos-luz da Terra, em uma região galáctica densa em estrelas, gás e poeira, o objeto pode ser uma estrela morta altamente magnetizada — como uma estrela de nêutrons (neutron star) ou uma anã branca (white dwarf) —, conforme explicou Ziteng Andy Wang, astrofísico da Universidade Curtin, na Austrália.
Alternativamente, poderia ser "algo exótico e ainda não catalogado", acrescentou Wang, autor principal do estudo publicado na renomada revista Nature.