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Astrônomos veem um novo sistema solar se formando pela primeira vez

 

cosmology.com.br

Planetas estão sendo criados no disco de material que circunda uma estrela bebê em Órion.

Um sistema planetário recém-nascido está se formando ao redor de HOPS-315

Um sistema planetário está começando a se formar ao redor de HOPS-315, uma protostrela (uma estrela recém-formada) localizada a cerca de 1.300 anos-luz de distância, na constelação de Órion, o Caçador. Essa estrela não está na famosa região de formação estelar conhecida como Nebulosa de Órion, mas sim em uma área do espaço chamada nuvem molecular L1630. Os astrônomos frequentemente observam discos de gás e poeira ao redor dessas estrelas, que são os berçários de novos planetas.

"Pela primeira vez, identificamos o momento mais inicial em que a formação de planetas começa ao redor de uma estrela que não é o nosso Sol", diz Melissa McClure, professora da Universidade de Leiden, na Holanda, e autora principal do novo estudo, publicado hoje na Nature.

A coautora Merel van ‘t Hoff, professora da Universidade Purdue, compara a descoberta a "uma foto do Sistema Solar quando ainda era um bebê", afirmando que "estamos vendo um sistema que se parece com o que o nosso Sistema Solar era no início de sua formação".

Embora os astrônomos já tenham observado discos jovens contendo planetas massivos, como Júpiter, McClure explica: "Sempre soubemos que as primeiras partes sólidas dos planetas, ou planetesimais, devem se formar em um estágio ainda mais inicial."

Para determinar a idade do nosso Sistema Solar, os cientistas estudam meteoritos que contêm os primeiros materiais sólidos que se condensaram perto da órbita da Terra. Esses meteoritos apresentam minerais com moléculas de monóxido de silício (SiO), que podem se condensar em partículas mesmo nas altíssimas temperaturas próximas a uma estrela jovem. Com o tempo, essas partículas se aglutinam, formando corpos cada vez maiores, até se tornarem planetas, luas e asteroides. Os primeiros grandes objetos do nosso Sistema Solar surgiram logo após a condensação desses minerais cristalinos.

Agora, os astrônomos encontraram evidências desses minerais quentes começando a se condensar no disco ao redor de HOPS-315. Os dados mostram que o SiO existe tanto no estado gasoso quanto dentro desses minerais cristalinos, indicando que está apenas começando a se solidificar. "Esse processo nunca havia sido observado antes em um disco protoplanetário, ou em qualquer lugar fora do nosso Sistema Solar", diz o coautor Edwin Bergin, professor da Universidade de Michigan.


Esses minerais foram identificados inicialmente pelo Telescópio Espacial James Webb. Para determinar a origem exata dos sinais, a equipe observou o sistema com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), operado pela Agência Espacial Europeia em parceria internacional no deserto do Atacama, no Chile.

A equipe científica confirmou que os sinais químicos vêm de uma pequena região do disco estelar, localizada à mesma distância da estrela que o cinturão de asteroides do nosso Sistema Solar está do Sol. "Estamos realmente vendo esses minerais na mesma posição neste sistema extrassolar onde os encontramos nos asteroides do Sistema Solar", diz Logan Francis, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Leiden e coautor do estudo.

HOPS-315 é um excelente análogo para estudarmos nossa própria história cósmica. Como afirma van ‘t Hoff: "Este sistema é um dos melhores que conhecemos para investigar alguns dos processos que ocorreram no nosso Sistema Solar."

Fonte: astronomy.com

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José Santos de Oliveira Fisico e engenheiro